Levantamento aponta que deputados e senadores de MS gastaram R$ 11,5 milhões em 7 meses

Levantamento do site MS em Brasília revelou que os 24 deputados estaduais, os oito deputados federais e três senadores de Mato Grosso do Sul “torraram”, nos primeiros sete meses deste ano, R$ 11,5 milhões.

Esse montante foi utilizado com despesas diversas, como divulgação da atividade parlamentar, contratação de consultoria, aluguel de imóvel para escritório e de carro, combustível, faturas de telefone, água, luz e TV por assinatura, entre outras regalias, como voos fretados e segurança privada.

O valor não inclui gastos com o pagamento de salários de assessores nomeados livremente. Em grande parte, esse valor com a contratação de funcionários ultrapassa a R$ 100 mil mensais por parlamentar. Também não se soma o próprio salário dos políticos, que varia de R$ 33 mil a R$ 44 mil.

Dos R$ 11,5 milhões gastos nesse período, a maior parte foi com os 24 deputados estaduais, cujas despesas somaram R$ 8 milhões, média de 337,3 mil por político. Outros R$ 2,26 milhões foram “torrados” pelos oito deputados federais, média de R$ 282,6 mil.

Já os três senadores gastaram R$ 1,2 milhão, média de R$ 402,8 mil, inflada pelas despesas de Nelsinho Trad (PSDB). O parlamentar, sozinho, utilizou mais de R$ 588 mil, incluindo despesas com viagens para o exterior (passagens aéreas e diárias), cotas para impulsionamento de material nas redes sociais, correios, entre outras.

Na Câmara dos Deputados, o campeão em gastos é Geraldo Resende (PSDB). Em sete meses, o deputado gastou R$ 365.208,72, seguido de Dagoberto Nogueira (PSDB), com R$ 326.801,29, e Vander Loubet (PT), R$ 296.080,43.

Os valores utilizados por cada parlamentar podem variar de um dia para o outro, uma vez que é permitido apresentar notas fiscais e outros comprovantes para ressarcimento em até 90 dias após a prestação do serviço.

Já na Assembleia Legislativa do Estado, as maiores despesas foram feitas pelos deputados estaduais Márcio Fernandes (MDB), com R$ R$ 381.014,51, Renato Câmara, R$ R$ 380.552,88, e Antônio Vaz (Republicanos) com gastos de R$ 373.547,78 entre janeiro e julho. No entanto, a diferença de gastos entre os estaduais é mínima (ver quadro).

Entre as três casas legislativas, a Assembleia é a que paga o maior valor da cota para exercício da atividade parlamentar. Cada deputado estadual dispõe da bondosa quantia de R$ 58 mil por mês para despesas diversas.

Esse valor é 56,8% maior que a cota dos senadores, de R$ 36.972,28, sem incluir passagens aéreas dos senadores, entre outros gastos. Já em relação aos deputados federais, cuja cota é de R$ 46.336,64, o montante ressarcido pela Assembleia Legislativa é 25% superior.

A forma mais fácil de torrar o dinheiro da CEAP é criar despesa com a divulgação da atividade parlamentar e consultorias. Essas duas rubricas são disparadas as mais utilizadas por senadores, deputados federais e deputados estaduais.

Juntas, correspondem a mais da metade dos gastos nos sete primeiros meses do ano, com R$ 6,9 milhões, 60% dos R$ 11,5 milhões gastos no período. Só os deputados estaduais gastaram R$ 5,5 milhões em divulgação da atividade parlamentar e consultorias, o equivalente a 68% dos R$ 8 milhões da CEAP utilizados em 2024.

O deputado estadual Lucas de Lima (PDT) é o campeão de gastos em consultoria e divulgação da atividade parlamentar. Em sete meses, gastou R$ 309 mil. É seguido pelo Professor Rinaldo Modesto (Pode), irmão da candidata à prefeita em Campo Grande, Rose Modesto (União), com R$ 300 mil em despesas com divulgação e consultoria.

Em terceiro, aparece Junior Mochi, com R$ 294 mil, Márcio Fernandes em quarto com despesas de R$ 276 mil e Pedro Kemp (PT) fecha o top 5, com 272 mil torrados em consultoria e divulgação.

No Senado, Nelsinho Trad lidera em relação a despesas com divulgação da atividade parlamentar e consultoria: R$ 220 mil. Já na Câmara, Geraldo Resende gastou R$ 230 mil na divulgação.

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