A Corregedoria da Polícia Militar deflagrou, nesta quarta-feira (24), a operação “Magna Manu” para prender preventivamente policiais militares que estavam desviando drogas apreendidas para revender em Campo Grande (MS). Além do 3° sargento PM Thiago de Souza Martins, que foi expulso da PM no dia 15 de agosto deste ano, outro policial militar, que ainda não teve o nome completo divulgado, também foi preso e tem como primeiro nome Alisson.
A prisão de um traficante no fim do mês de julho foi o que desencadeou a investigação contra os policiais militares. Durante a ocorrência foram localizados nove tabletes de pasta base de cocaína pesando aproximadamente nove quilos. Outras diligências levaram a indícios de participação de policiais militares na prática dos crimes de peculato e tráfico de drogas.
Eles estavam desviando as drogas que apreendiam para eles próprios realizarem o tráfico, ao invés de encaminharem o entorpecente para as delegacias. Os dois presos foram encaminhados para a Corregedoria da PM, onde serão ouvidos e conduzidos para Presídio Militar Estadual.
Thiago Martins foi preso em casa, no Bairro Santo Antônio. Em 2018, ele foi flagrado com mercadorias de contrabando avaliadas em R$ 100 mil, junto com o 3° sargento PM Adriano de Araújo Nunes, após denúncia anônima. Os dois foram condenados em 2019 por descaminho, mas a pena foi suspensa mediante prestação de serviço gratuito à comunidade, comparecimento mensal em juízo e não ser processado criminalmente.
Thiago Martins é famoso nas redes sociais por conta da página Sheriff 67, que compartilha conteúdos policiais de todo Brasil e já chegou a ter 25 mil seguidores em perfil que foi desativado. No perfil atual, sheriff67_oficial, mais de 7 mil pessoas acompanham as publicações.
Conversa entre Thiago Martins e um traficante preso no dia 21 de julho, identificado como Luiz Henrique, através do whatsapp, foi o motivo do 3° sargento PM ser preso durante a operação “Magnu Manu”. Os celulares dele e do outro PM identificado como Alisson foram apreendidos pela corregedoria e vão passar por perícia.
Alisson foi ouvido sem acompanhamento de advogado e exerceu o direito de permanecer em silêncio. Os dois vão passar por audiência de custódia na manhã de quinta-feira, onde o juiz vai decidir se eles permanecem presos ou não. Com informações do site Campo Grande News