Durante o júri, testemunha chave disse em plenário que não podia contar muita coisa, já que nem a fisionomia dos autores viu no dia do assassinato, entretanto, revelou que viu um carro de cor branca fugindo do local. O Ministério Público incluiu laudo técnico da perícia do celular de Cachorrão, que foi apreendido na cela do pistoleiro. Também foi verificado que o Jeep Renegade, de cor branca, usado na execução do jornalista era de propriedade de “Cachorrão”.
Léo Veras estava em casa, jantando com a família, quando o grupo invadiu o local, na noite de 12 de fevereiro de 2020. Um dos autores ficou no veículo modelo Jeep Renegade usado no transporte e outros três realizaram o ataque. Logo ao levar os primeiros tiros, Léo correu para os fundos da residência, uma área escura, na tentativa de se proteger, mas foi perseguido.
Lá, os criminosos terminaram de matá-lo com o total de 12 disparos. Em seguida o amordaçaram. Vídeos do local do crime divulgados logo após o assassinato mostram um pano branco, ensanguentado, que foi usado para tapar a boca do jornalista.
Cinco homens e uma mulher suspeitos de ligação na execução do jornalista foram presos ainda em 2020. As prisões aconteceram após a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgar que os tiros que atingiram Léo Veras tinham sido disparados de uma pistola Glock calibre 9 mm. Esta mesma arma teria sido usada em execuções de ao menos outras sete pessoas na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.
Todos os crimes estariam relacionados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a Associação. Exame de balística forense feito em na capital Assunção, identificou em cartuchos recolhidos na casa de Léo, o mesmo padrão de marca produzido pelo percussor da pistola no instante do disparo, que é uma espécie de impressão digital, única para cada arma.