Justiça afasta dois policiais civis investigados por envolvimento em série de assassinatos

Por determinação da Justiça do Estado, dois policiais civis foram afastados das funções por serem investigados pela DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) por envolvimento em uma série de homicídios no Bairro Moreninhas, em Campo Grande.
Segundo a DHPP, os dois policiais civis investigados teriam compactado com a organização criminosa suspeita dos assassinatos. A PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul) divulgou uma nota à imprensa, informando que as investigações correm em sigilo junto à Corregedoria Geral.
“A ação decorre de investigações de homicídios ocorridos no Bairro Moreninhas, que levaram à suspeita da existência de organização criminosa que recebia colaboração de policiais civis”, trouxe a nota da PCMS.
Os dois policiais civis – uma investigadora e um escrivão – foram afastados das atividades por decisão judicial. Eles estão proibidos de manter contato direto ou indireto com outros investigados e seus advogados.
Além disso, eles tiveram as armas funcionais recolhidas e também estão sem acesso ao sistema de consulta que a condição de policial permite.
O delegado de Polícia Civil Carlos Delano, titular da DHPP, disse que os policiais investigados “colaboraram diretamente com as pessoas envolvidas nos crimes”.
A Polícia Civil não informa quais homicídios fazem parte dessa investigação. O último registrado no bairro foi de Luan de Oliveira Araújo, 22 anos, executado com cerca de 10 tiros na noite de uma quarta-feira, 18 de outubro de 2023.
Ele já foi investigado pela morte de Lucas de Moraes Charão, de 26 anos, o “Bocão”, ocorrida em novembro de 2020 no mesmo bairro. Além disso, Oliveira foi testemunha de outra execução na região. Com informações do site Campo Grande News