O júri popular da 2ª Vara do Tribunal do Júri condenou, ontem (22), o réu Jefferson Nunes Ramos a 38 anos e 3 meses de prisão pelo feminicídio bárbaro da namorada Gisele Cristina Oliskowski em março deste ano, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande.
O autor do feminicídio jogou a vítima ainda viva dentro de uma espécie de fossa no quintal do imóvel onde moravam juntos na Rua Filipinas e ateou fogo. Durante o julgamento, ele confessou que o motivo para o crime bárbaro foi o fato de Gisele Oliskowski ter lhe dado três tapas no rosto.
“Joguei ela no buraco e só Deus sabe o que aconteceu”, disse o réu aos jurados, que foram informados que a perícia técnica comprovou que a morte dela foi provocada por carbonização por ação térmica, ou seja, queimadura direta.
Sobre atear fogo no corpo de Gisele, o réu falou que não se lembrava. “Eu fiquei sentado, observando a cagada que fiz. Aí pedi para o vizinho avisar a minha mamãe para chamar a Polícia para eu me entregar”, falou.
Na abertura dos trabalhos, o promotor de Justiça Matheus Macedo Cartapatti destacou a nova lei em vigor para o crime de feminicídio, que se transformou em crime autônomo, entretanto, conforme a Lei 14.994/2024, a pena agora vai de 20 a 40 anos de reclusão.
Por fim, por maioria dos votos, o réu foi condenado a 38 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado. Além disso, ele ainda terá de indenizar os quatro filhos de Gisele Oliskowski, pagando o valor de R$ 10 mil para cada um deles.