A juíza Cíntia Xavier Letteriello, da 4ª Câmara Cível de Campo Grande, negou liminar ao ex-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário, que solicitava a suspensão da destituição do cargo, que ocorreu há dois meses.
Na decisão, a magistrada destacou que não existem elementos suficientes para sustentar a revogação da decisão da assembleia geral que afastou Francisco Cezário do cargo após ele ter sido alvo da “Operação Cartão Vermelho”.
Conforme a juíza, o processo administrativo da FFMS, que levou ao afastamento de Cezário, não tem relação com as questões da Justiça Criminal que ele enfrenta.
O processo de destituição aconteceu em meio à “Operação Cartão Vermelho”, iniciada em maio e mantida sob segredo de Justiça.
Francisco Cezário já tinha sido afastado da presidência da FFMS por decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), após alegações de irregularidades na gestão da entidade.
A Operação Cartão Vermelho investiga possíveis atos de corrupção e má administração dentro da FFMS, incluindo suspeitas de desvio de verbas e manipulação de processos administrativos.
Entretanto, os detalhes das acusações seguem sob sigilo, e, até o momento, nem Cezário nem outros envolvidos foram julgados.
Francisco Cezário foi destituído do cargo de presidente da FFMS após uma assembleia geral extraordinária organizada pela entidade em setembro. Durante a reunião, clubes e associados avaliaram os atos de gestão de Cezário. O resultado da votação final foi de 44 votos a favor da destituição e 21 contra.
Petrallás foi nomeado presidente interino pela CBF em maio de 2024 após a “Operação Cartão Vermelho”, do MPE (Ministério Público Estadual), apontar um esquema milionário de desvio de dinheiro das contas da FFMS.
Embora a portaria preveja Petrallás como presidente interino até 10 de abril de 2025, o documento garante que caso sejam realizadas até lá novas eleições para presidência da FFMS, a renovação deixa de ser válida.