O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, vai levar a júri popular o empresário campo-grandense Jamil Name Filho, 45 anos, mais conhecido como “Jamilzinho”, o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, 62 anos, e o guarda municipal Marcelo Rios, 44 anos, pela execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, ocorrida no dia 18 de dezembro de 2018.
O magistrado viu indícios de que os três devem ir a julgamento por homicídio doloso, com os agravantes de motivo torpe e que dificultou a defesa da vítima. Além dos três, Aluizio dos Santos também decidiu levar a júri popular o guarda municipal Rafael Antunes Vieira, 31 anos, pelo crime de ocultação da arma usada no crime.
O Playboy da Mansão foi executado a tiros de pistola por Juanil Miranda de Lima, acusado de ser o pistoleiro do grupo de extermínio chefiado por Jamil Name e Jamil Name Filho, na noite do dia 18 de dezembro de 2018. Ele chegou na cachaçaria e efetuou os disparos, matando a vítima e ferindo Tiago do Nascimento Brito.
De acordo com a denúncia, a morte foi vingança de Jamilzinho por ter levado um empurrão do Playboy da Mansão na Boate Valey em 2016. Ele teria oferecido R$ 50 mil para um agente penitenciário encontrar um preso para matar Marcel Hernandes quando ele foi preso, mas o plano não teve êxito.
Ao saber das ameaças, conforme testemunhas, o Playboy da Mansão chegou a ficar três meses longe de Campo Grande. Ao reencontrar Jamilzinho no Café Mostarda, ele pediu desculpas, mas o empresário não teria lhe estendido a mão, conforme depoimento do pai da vítima à Justiça. Esse será o 1º júri popular de Jamilzinho e de Marcelo Rios, enquanto o 2º será pela execução do universitário Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, ocorrido em abril de 2019.
Conforme a denúncia, o jovem foi morto por engano no lugar do pai, o ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, mais conhecido como “PX”. Jamilzinho, Everaldo Monteiro e Marcelo Rios ainda aguardam a pronúncia do juiz junto com o empresário Fahd Jamil Georges, o “Rei da Fronteira”, sobre a execução do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, o sargento PM Ilson Martins Figueiredo.
O juiz extinguiu a ação contra Jamil Name, que morreu em decorrência das complicações da Covid-19 no ano passado quando estava preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e contra o pistoleiro José Moreira Freires, o “Zezinho”, morto em confronto com a polícia no Rio Grande do Norte.