O juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, aceitou a denúncia assinada pela promotora de Justiça Candy Marques Moreira e tornou réus Lucimara Rosa Neves, 43 anos, a filha dela, Jéssica Neves Antunes, 24 anos, e o cunhado dela, Pedro Benhur Ciardulo, 20 anos, pelo latrocínio (roubo seguido de morte) da pecuarista Andreia Aquino Flores, morta aos 38 anos em assalto simulado no condomínio de luxo onde morava.
Conforme a acusação do MPE (Ministério Público Estadual), empregada da família da vítima há quase duas décadas, Lucimara Neves foi quem arquitetou o plano e pretendia lucrar pelo menos R$ 100 mil. Agora, testemunhas de acusação e defesa, além dos réus, devem ser ouvidos em juízo para só então magistrados chegar a um veredicto.
Andreia Flores foi morta por asfixia mecânica, causada por esganadura e obstrução das vias aéreas superiores. De acordo com a apuração pela Polícia Civil, Pedro Benhur, que “fingia” ser o assaltante que havia rendido as funcionárias da vítima, foi quem usou um pano de prato para tapar a boca dela quando ela reagiu a abordagem que terminou em morte.
A ideia de Lucimara Neves era conseguir que a vítima fizesse Pix de R$ 50 mil e, pela “ajuda” dos comparsas, a própria filha e o cunhado, pagaria R$ 20 mil – R$ 10 mil para cada. Os outros R$ 30 mil ficariam com Lucimara, que usaria o dinheiro para quitar dívidas com agiotas. A mentora do crime também contou à Polícia que a intenção de simular o assalto era fragilizar Andreia Flores.
Ela precisava conseguir que a patroa assinasse documento relacionado a uma negociação de gado e em troca, receberia outros R$ 50 mil da irmã da vítima, para quem também já trabalhou. A ideia foi então lucrar com o assalto simulado e depois, fazer Andreia acreditar que a irmã havia enviado o criminoso como uma ameaça de morte. A polícia descartou a possibilidade da ex-patroa de Lucimar ter encomendado o crime. Com informações do site Campo Grande News