O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, negou, ontem (22), o pedido de liberdade feito pela defesa do presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, e dos sobrinhos dele, Francisco Carlos Pereira, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira, Umberto Alves Pereira e Valdir Alves Pereira, além de Rudson Bogarim Barbosa.
Diante disso, eles vão continuar atrás das grades, onde estão desde terça-feira (21) quando foram detidos durante a “Operação Cartão Vermelho”, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Apoio Especial e Repressão ao Crime Organizado) contra o desvio de pelo menos R$ 6 milhões de recursos, parte deles públicos, via FFMS.
Segundo o Correio do Estado, Francisco Cezário e os demais envolvidos são suspeitos da prática de crimes como peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e demais delitos correlatos. A FFMS, órgão que tem voto e assento na CBF (Confederação Brasileira de Futebol), era o principal meio para a prática de crimes.
O magistrado também determinou a busca e apreensão dos telefones celulares de Aparecido Alves Pereira, o “Cido”, um dos funcionários mais antigos da FFMS, do próprio Cezário, de Francisco Carlos Pereira, de Francisca Rosa de Oliveira, de Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira, do vice-presidente da FFMS, Marcos Antônio Tavares, de Marcos Paulo Abdala Tavares, de Umberto Alves Pereira, de Valdir Alves Pereira e de Rudson Alves Pereira.
Ele ainda autorizou uma devassa nos aparelhos e nos computadores, além de informações armazenadas em nuvem, sinal de que o Gaeco deve continuar com as investigações. Na mira dos investigadores está o convênio entre a FFMS e a Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), que bancava o transporte e a hospedagem dos jogadores nos campeonatos de futebol.