O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, decidiu manter preso o subtenente PM José Roberto de Souza, 53 anos, que está reformado da Polícia Militar, por ter matado a tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho, 67 anos, durante uma audiência de conciliação no Procon da Capital no dia 13 de fevereiro deste ano.
No entanto, moradores da rua Adventor Divino de Almeida, no bairro Leon Denizart Conte, colado ao Noroeste garantem que viram Aluízio tomando cerveja Skol no dia 29 de março numa conveniência da mesma rua. A permanência do ex-PM teria sido rápida e logo em seguida o assassino confesso do empresário teria saído do local.
Vale lembrar que Aluízio está preso no Presídio Militar que fica no complexo do Presídio de Segurança Máxima no bairro vizinho onde ele foi. Moradores garantem que não foi engano, trata-se do ex-PM. “Ele esteve na conveniência do Vâni que fica numa esquina, tomou cerveja e rapidamente foi embora. Assustamos por conta que ele deveria estar preso”, disse um dos vizinhos.
Agora o juiz tem a obrigação de mandar investigar a situação uma vez que sua decisão está sendo descumprida e se ele saiu de verdade, quem no Presídio Militar autorizou e saída de Aluízio.
Já de acordo com o documento assinado pelo magistrado, a prisão do acusado deve ser mantida durante o processo para garantir a “ordem pública”, “para assegurar a aplicação da lei penal e no perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado, os quais ainda remanescem”.
A primeira audiência de instrução foi agendada para o próximo dia 9 de maio deste ano com a presença de testemunhas. Desde que se entregou à Polícia em 16 de fevereiro, José Roberto de Souza permanece preso. No documento enviado à 2ª Vara do Tribunal do Júri, o advogado de defesa, José Roberto Rodrigues da Rosa, alegou que o acusado deveria responder ao processo em liberdade devido à condição psiquiátrica que necessita de cuidados médicos constantes.
O advogado disse que o cliente está passando por sérios e graves problemas no cárcere, em especial porque tem diagnóstico de problemas de ordem psiquiátrica, oriundo de anos de prestação de serviço policial militar. A defesa também argumenta que o acusado se apresentou de forma voluntária e que seria um indício de que o acusado “não iria atrapalhar a coleta de provas” e de que “não iria se furtar à aplicação da lei penal”.
Além disso, o advogado tem sustentado o argumento de que o acusado sofreu racismo, o que pode ter motivado o crime. Em contrapartida, a acusação afirma que o assassinato ocorreu em decorrência de uma dívida relacionada a serviços prestados, a qual o acusado se recusou a pagar.