Jovens que não estudam e nem trabalham no Estado chegou a 137 mil em 2021. De quem é a culpa?

Dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelam que, no ano passado, Mato Grosso do Sul chegou a 137 mil jovens “nem-nem”, ou seja, que não estudavam e nem trabalhavam, o maior patamar da série histórica no Estado.

O indicador do IBGE considera jovens que não estudavam e não estavam ocupados e incluí, simultaneamente, aqueles que buscavam emprego e estavam disponíveis para trabalhar, e aqueles que não estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, não tomaram providências para conseguir trabalho, ou tomaram providências, mas não estavam disponíveis para trabalhar.

Em 2020, primeiro ano de pandemia, em relação ao ano anterior de 2019, houve queda de 45,9% para 42,8% de jovens de 15 a 29 anos que estavam somente ocupados no mercado de trabalho e de 13,9% para 12,9% de jovens que estavam ocupados e estudavam. A queda no total de jovens ocupados não foi compensada pelo aumento de três pontos percentuais de jovens que somente estudavam, de 20,7% para 23,8%, no mesmo período.

Como consequência, o percentual dos que não estudavam nem estavam ocupados subiu de 19,5%, em 2019, para 20,5% em 2020. Em 2021, o percentual de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados avançou para 21,6%, atingindo o maior patamar da série histórica, com um total de 137 mil jovens.

Os menores índices registrados desde 2012 foram nos anos de 2013 e 2014, com 17,3 e 17,9 pontos percentuais, respectivamente. O ano de 2015 apresentou um aumento significativo de 2,9% do índice, que oscilou, nos cinco anos seguintes, entre 19 e 20,5 pontos percentuais.