O grupo criminoso chefiado pelo parlamentar pagou o smartphone com dinheiro desviado da Prefeitura de Sidrolândia, que tem como prefeita Vanda Lopes (PP), sogra de Claudinho Serra.
O episódio é um exemplo de como o uso de notas fiscais frias e superfaturadas virou rotina para a organização criminosa chefiada por Claudinho Serra na Prefeitura de Sidrolândia, onde era secretário municipal de Fazenda na cidade.
Desta forma, para atender ao pedido da servidora municipal que queria um iPhone, de acordo com o PIC (Procedimento de Investigação Criminal) do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), o grupo teria fraudado notas fiscais com dados falsos emitidas pela empresa 3M Produtos e Serviços.
A empresa é de Milton Matheus Paiva Matos, que também está preso. Conforme os promotores, a compra teria sido feita “a mando e/ou com a anuência” de Claudinho Serra, que na época era o secretário municipal de Fazenda.
Assim, em 20 de setembro de 2022, Milton Matos e Tiago Basso da Silva (servidor exonerado que fechou acordo de delação premiada) iniciam as conversas para comprar o aparelho para a assessora. O modelo escolhido foi um iPhone 13 Pro Max com 128 gb.
Posteriormente, Milton avisa Tiago que o celular “tá no jeito” para ser entregue. Na sequência, manda fotos da encomenda (aparelho e carregador) e combinam a entrega às 18h. No mesmo dia, Tiago avisa Claudinho Serra às 18h06 que estava em posse do iPhone.
“Tá na mão chefe”, diz uma das mensagens dirigidas ao vereador do PSDB em Campo Grande. Com informações Midiamax