Integrantes de quadrilha mortos em confronto com a Polícia Civil eram investigados há um mês. Vai vendo!

O delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, explicou que a Defurv (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros) investigava investigando os seis mortos durante confronto com os policiais civis na noite de sexta-feira (8) há cerca de um mês.

Um deles, identificado como Cláudio Agenor Pereira Gimenes, o “Gordão”, seria o líder do bando e mantinha fotos das vítimas em seu celular, que foi apreendido após a ação. A Polícia Civil recebeu informações de que eles cometeriam o crime com restrição de liberdade das vítimas em Anastácio (MS) e região, com isso, deram início ao monitoramento.

Um dos integrantes do bando, identificado como Nicolas Henrique Mendes dos Santos, veio de Goiás para a Capital e ficou hospedado em uma pousada na região da rodoviária. Na quinta-feira (7), ele saiu do local em um Fiat Uno e foi até uma casa onde outros suspeitos entraram no carro.

De lá, o grupo seguiu até Anastácio e em um posto de combustíveis encontrou com os outros dois integrantes em uma motocicleta. O piloto do veículo seria Gordão e, em todo o trajeto, os criminosos foram acompanhados pela equipe da Defurv que pediu apoio ao Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros).

Quando os criminosos acessaram a MS-170 em direção à uma propriedade rural onde cometeriam o crime, os policiais civis deram ordem de parada que não foi obedecida. Os quatro ocupantes do carro e os dois da motocicleta atiraram contra as equipes e acabaram baleados e mortos.

“Eles imediatamente reagiram à abordagem. Os policiais revidaram e eles foram atingidos. Chegaram a ser socorridos, mas acabaram morrendo. A abordagem aconteceu já na entrada da propriedade, visando proteger as vítimas. Eles vinham sendo monitorados e foram acompanhados pelas equipes até o local e abordados antes de cometerem o crime”, pontuou Roberto Gurgel.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, os veículos roubados seriam levados para a Bolívia onde possivelmente seriam trocados por cocaína. Mato Grosso do Sul é o estado escolhido pelas quadrilhas por conta não só da localização geográfica, mas também por ser uma região de agronegócio.

“Nesse tipo de atividade econômica, são usadas muitas caminhonetes que são os veículos visados pelas quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. As caminhonetes seriam levadas para a Bolívia e, acreditamos que seriam trocadas por cocaína”, disse Roberto Gurgel.

No celular de Gordão, foram encontradas fotos das vítimas e conversas que serão analisadas para identificar e prender o mandante do crime e o receptador desses veículos. Além dele e de Nycolas dos Santos, foram identificados também Cristian Souza do Nascimento e Marcos Vinicius de Souza Santos.

O quarto ocupante do carro estava sem documentos e não há informações sobre o garupa da motocicleta. Nycolas dos Santos tem diversas passagens pela polícia e também teria ameaçado juízes e outras autoridades em Goiás.

Ainda segundo Roberto Gurgel, os outros integrantes da quadrilha também acumulam passagens por crimes graves e um deles estava foragido desde o dia 19 de novembro deste ano. Todos estavam armados com pistolas e revólveres que foram apreendidos junto com braçadeiras, fita adesiva e celulares.