Infectologista alerta que sublinhagem BQ1 da variante Ômicron já chegou ao Estado

O infectologista sul-mato-grossense Julio Henrique Rosa Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, alerta que a sublinhagem BQ1, da variante Ômicron, da Covid-19, já chegou ao Estado. A afirmação vai de encontro ao que está sendo informado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), que garante não ter confirmado ainda nenhum caso.

No entanto, Julio Croda garantiu ao jornal Correio do Estado que a BQ1 já chegou e seria a responsável pelo aumento no número de casos da Covid-19 registrados nos últimos dias. Conforme o boletim epidemiológico publicado na última semana, foram cerca de 946 novos casos registrados da doença em Mato Grosso do Sul.

Além disso, o pesquisador ainda disse que a sublinhagem já foi registrada em 14 Estados e, se não há registros em Mato Grosso do Sul, é porque não há um devido monitoramento desta questão. “Se você não procura, você não acha”, reforçou.

Nessa conjuntura, conforme o especialista, é necessária uma mudança de atitude dos órgãos competentes, com a retomada de medidas protetivas que já foram recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a utilização de máscaras em transportes públicos e ambientes fechados e, sobretudo, em transportes coletivos.

Para ele, é importante a retomada de campanhas de vacinação, já que o imunizante constitui uma ferramenta indispensável de combate ao vírus, mesmo diante de novas cepas, a efetividade das vacinas é incontestável. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que a procura pelas doses de reforço da vacina contra a Covid-19 ainda é muito baixa, mesmo diante do aumento de registros de casos.

Não há falta de vacinas em Campo Grande, a questão é a baixa adesão da população. A cobertura vacinal para a 2ª dose está em 80%, enquanto para a 3ª dose está em 41,7% e, para a 4ª dose, chega a 15.8%. Por isso, a Sesau alerta a população para tomar as doses de reforço.

A vacinação contra Covid-19 tem sido uma medida essencial para a redução da letalidade e internações. Quanto ao Estado, a SES informa que o Estado tem vacinas suficientes para atender a população sul-mato-grossense, pois recebeu recentemente 75 mil doses do Ministério da Saúde.