O Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) decidiu suspender por tempo indeterminado as atividades do balneário “Praia da Figueira”, em Bonito (MS), um dos mais frequentados do município.
Localizado a 19 quilômetros da zona urbana de Bonito, o balneário atraía os turistas por seus quiosques, extensa área de lazer e flutuação nas águas cristalinas do Rio Formoso. A portaria suspendeu a licença, determinando que sejam encerradas as atividades sob pena de implicar em crime ambiental.
“Art. 1º SUSPENDER, para reavaliação da licença, por prazo indeterminado, a LICENÇA DE OPERAÇÃO DE N. 27/2021, o processo n. 71.404.632-2020, para a atividade de Balneário – Flutuação – Passeio Ecológico Terrestre em nome de EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS ALTO DE FORMOSO LTDA, nos termos previstos no art. 11, I da Lei Estadual 2257/2001”, trouxe portaria publicada no DOE (Diário Oficial do Estado).
Recentemente, a fazenda que abriga o balneário foi alvo de investigações do MPE (Ministério Público Estadual) por supostas irregularidades ambientais. A propriedade estaria captando água do Rio Formoso irregularmente, através da instalação de duas bombas sem autorização, além de ocuparem uma área de preservação permanente.
O gerente da empresa afirmou que as bombas eram usadas apenas para situações emergenciais e que tinham autorização para o funcionamento. Porém, segundo o sistema do Imasul, a fazenda não tinha autorização para o uso da água e apresentava somente uma declaração, que não validava esse tipo de atividade.
Também foi descoberta uma captação subterrânea por meio de um poço tubular, cuja situação estava pendente de regularização. Após as conclusões do laudo, o MPE instaurou um inquérito para apurar a captação irregular de água, a intervenção em área protegida e a possível ocorrência de crime ambiental.