Dessa vez o drible não deu muito certo para o ex-astro do Barcelona e da seleção brasileira Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis. Eles foram detidos pela Polícia Nacional do Paraguai, na noite de ontem (04), em Assunção, capital do país vizinho, sob acusação de ter entrado usando supostos passaportes falsos.
Euclides Acevedo, ministro do Interior do Paraguai, informou que investigadores entraram na suíte presidencial do Hotel Yacht y Golf Club, onde Ronaldinho estava hospedado, e encontraram dois passaportes adulterados. Um estava em nome do ex-jogador e o outro no do irmão.
“Vamos fazer cumprir a lei. Temos a informação de que ele tem documentação adulterada”, disse o ministro em entrevista à Rádio Ñandutí, do Paraguai. Segundo a imprensa local, o jogador não foi detido no aeroporto para não criar alarde.
De acordo com o documento obitido pela reportagem, Wilmondes Sousa Lira, que teria fornecido os passaportes falsos para Ronaldinho e Assis, está detido. Ronaldinho e o irmão estão sob custódia no hotel e irão depor nesta quinta-feira (05).
Ronaldinho chegou ao Paraguai nesta quarta-feira para o lançamento do seu livro “Gênio da vida” e participaria do lançamento de um programa social destinado a crianças organizado pela Fundação Fraternidade Angelical. A reportagem tenta contato com os representantes de Ronaldinho, mas não obteve resposta.
Passaporte apreendido
Em 2018, os passaportes de Ronaldinho foram apreendidos até que fossem pagos multa e indenização fixadas em um processo por dano ambiental. Ele foi condenado por construir ilegalmente um pier, com plataforma de pesca e atracadouro, na orla do Lago Guaíba, em Porto Alegre. A estrutura foi montada sem licenciamento ambiental em Área de Preservação Permanente. A multa foi superior a R$ 8,5 milhões.
Em setembro do ano passado, um acordo foi feito com o Ministério Público e os passaportes foram recuperados. Fora dos gramados desde 2015, Ronaldinho foi nomeado no ano passado como embaixador do turismo pelo presidente Jair Bolsonaro.