Em uma conferência de imprensa realizada ontem (12) no Ministério Público do Paraguai, a agente especializado na luta contra o tráfico de drogas, Lorena Unidade Ledesma, informou o confisco de vários bens apreendidos de narcotraficantes no país vizinho. Um deles é o caso nº 9.621/17, que trata do patrimônio de Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”, que está preso no Brasil desde 1º de julho do ano passado.
Nesta investigação, foram apreendidos 116 veículos e aproximadamente 28.350 cabeças de gado, o que custaria um total de mais de US$ 16 milhões de dólares, de acordo com os preços de referência do mercado. Além disso, existem 84 propriedades, das quais sete são identificadas: Fazenda Libertad, que tem 6 mil hectares; a Fazenda Santa Edwiges de Yby Yaú, com 1.336 hectares; um imóvel não identificado de 24.334 hectares, registrado pela empresa Brisa Comexin em Tacuatí; Fazenda Fique Ybú da Bella Vista Norte, com uma área de 555 hectares; Fazenda Suíça, que fica de Yby Yaú e tem 1.200 hectares; Estância Lusipar S/A, de Santa Rosa del Aguaray, de 11.600 hectares; e Fazenda Guatambú de Paso Barreto, que consiste de 2.965 hectares.
A promotor de Justiça Lorena Unidade Ledesma esclareceu que esses bens não foram oficialmente avaliados e que esse trabalho é feito pelo Senabico. No entanto, de acordo com o preço médio de cada hectare nas referidas áreas, as sete propriedades custariam um total de cerca de US$ 105 milhões, totalizando, apenas de Cabeça Branca, US$ 121 milhões.
No caso nº 7.388/18, do narcotraficante Reinaldo Javier Cabaña, o “Cucho Cabaña”, foram apreendidos 23 veículos e confiscadas 12 propriedades rurais. Da mesma forma, nesta investigação, elas foram avaliadas em US$ 330,8 mil, R$ 196,4 mil e 22,1 milhões de guaranis. No total, ativos no valor de aproximadamente US$ 125 milhões foram apreendidos.