A DERF (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) revelou, ontem (12), que Edilene Cristine Ajala, de 26 anos, era estagiária do curso técnico em Enfermagem e usava os conhecimentos adquiridos na formação profissional para aplicar o golpe chamado “Boa Noite Cinderela”.
Ela e a mãe, Eliane Ajala, de 50 anos, estão sendo procuradas pela Polícia Civil para aplicarem o golpe, em conjunto com mais dois homens já presos, em vítimas na saída de baladas e bares da Expogrande.
Além disso, mãe e filha são fixadas por terem mantido uma oficina para lavagem de dinheiro. Durante coletiva na DERF, o delegado de Polícia Civil Jackson Vale confirmou que a jovem cursa e fez estágio como técnica de Enfermagem.
Conforme o delegado, através dessa área de atuação, há a possibilidade do acesso facilitado às medicações que trariam uma hipnose às vítimas. Até então, a Polícia aponta o envolvimento de quatro pessoas, sendo que todos devem responder por roubos majorados, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Cabe apontar que ao aplicar o golpe, a dupla usou substâncias que, juntamente com álcool, formam uma droga de potencial hipnótico e todas as vítimas revelaram “amnésia” depois de dopadas.
Edilene Cristine e Eliane Ajala foram identificadas por três vítimas até então, abordadas pelas criminosas por meados de abril no intervalo de cerca de 10 dias, sendo os locais dos crimes em regiões distintas da Capital: saída de show da ExpoGrande, bailes e saída de bares.
Segundo o delegado, a acusada mais velha abordava a vítima e dizia que a filha estava interessada, sendo que ambas foram flagradas por circuito de vigilância enquanto compravam roupas com dinheiro de vítimas.
A associação criminosa prevê até três anos de prisão, enquanto o roubo majorado estipula entre quatro a dez anos de encarceramento, uma vez que o concurso de pessoas e lavagem de dinheiro também são considerados majorante ao crime, e sendo que a incapacitação por droga, sem previsão legal, é considerada violência.