O ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e o empresário campo-grandense João Amorim sofreram novo revés na Justiça de Mato Grosso do Sul. O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, deferiu pedido das partes que desistiram da produção de prova pericial em ação de improbidade administrativa contra Giroto e Amorim pelo desvio de R$ 5,1 milhões na manutenção de rodovia estadual
O magistrado aceitou a proposta e pegou “emprestado” perícia produzida em outra ação penal no processo contra o ex-secretário estadual de Obras e contra o empresário, bem como contra a sua sócia, Elza Cristina Araújo dos Santos, os ex-presidentes da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa e Wilson Cabral Tavares, entre outros. A ação foi protocolada há quase sete anos, no dia 25 de julho de 2016, e ainda está longe de um desfecho, mas, com essa decisão do juiz, o processo vai ser agilizado.
O processo de improbidade refere-se a obras de asfaltamento na rodovia MS-357, realizada pela empreiteira Protreco. A perícia na obra, objeto do contrato 047, que teve ordem de execução em maio de 2014, foi determinada em 2018, sendo que a tabela apresentada na denúncia do MPE (Ministério Público do Estado) mostra diferença de R$ 5 milhões entre os serviços pagos e os efetivamente realizados.
No processo o contrato teve valor inicial de R$ 7 milhões para execução de obra de recuperação da estrutura da faixa de rolamento na MS-357, com aplicação de revestimento primário e drenagem. O trecho era de 85 quilômetros, entre a MS- 245 e a BR-262 (Ribas do Rio Pardo). Nesta ação, mais uma decorrente da Operação Lama Asfáltica, o MPE cobra dos réus o pagamento de R$ 56,8 milhões, que inclui o ressarcimento dos cofres públicos, o pagamento de multa civil e indenização por danos morais. Com infos O Jacaré