Para quem pensa que a Operação Omertà, deflagrada em 27 de setembro de 2019 e que levou para cadeia empresários antigos de Mato Grosso do Sul sob a acusação de chefiarem milícias armadas responsáveis por inúmeras execuções, já deu o que tinha que dar, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) deu um duro recado com o início da investigação de dois episódios de vazamento de informações.
Mas não aponta de onde teriam partidos as informações se da Polícia Federal, da Polícia Civil, do próprio Gaeco, do Ministério Público. Fica o mistério….
Segundo o site Campo Grande News, o Gaeco suspeita de que os investigados alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão souberam o que ia acontecer no dia 18 de junho do ano passado, na fase chamada “Armageddon”, quando o principal alvo foi o empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 79 anos, que fugiu no dia e se entregou só este ano, e também em 2 dezembro de 2020, na etapa denominada “Arca de Noé”, que lacrou bancas do jogo do bicho espalhadas por Campo Grande.
Durante depoimento esta semana em ação derivada da Omertà, o delegado Fábio Peró, coordenador da força-tarefa no âmbito da Polícia Civil, disse que o vazamento da ação para prender Fahd Jamil, e também o filho dele, Flavio Jamil Georges, até hoje foragido, é a única explicação para a diligência não ter alcançado o resultado esperado. De acordo com ele, foram achados indícios de que quem estava na mansão do “Rei da Fronteira” até minutos antes da batida policial saiu correndo. “Tinha comida morna em cima de uma mesa”, relatou.
Não apenas a prisão de Fahd Jamil deixou de ser realizada. Havia uma casa, vizinha à mansão dele em Ponta Porã, que funcionaria como paiol, mas nada foi achado, indicando, conforme a autoridade policial, retirada dos itens ilegais. Peró, na audiência judicial, comentou que a operação uniu diversas unidades de forças de segurança e, mesmo com as informações compartilhadas, acabou acontecendo algum tipo de escape de informação.
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