Segundo as autoridades, a situação epidemiológica do Paraguai não permitiu a realização da novena presencialmente, apenas de forma remota via Internet. Até aí tudo bem, né? Afinal, o objetivo é conter as aglomerações. Porém, enquanto o Governo veta uma celebração religiosa, faz vistas grossas para as festas que estão acontecendo na cidade nos fins de semana, principalmente no período noturno.
Essas festas estão provocando aglomeração sem controle nos postos de combustíveis, com música alta, bares lotados e até mesmo festas de música eletrônica e shows de funk com artistas brasileiros. Desde o dia 14 de novembro, o governo paraguaio emitiu um decreto presidencial seguindo à risca as medidas sanitárias para conter o avanço do vírus.
No entanto, falta fiscalização por parte das autoridades em Pedro Juan Caballero, pois as festas acontecem todo fim de semana até o amanhecer sem seguir os protocolos de saúde. Vale a pena lembrar que a cidade não tem leitos hospitalares o suficiente e do lado brasileiro, por exemplo, falta vaga para quem precisar.
Enquanto isso, o santuário da Virgem de Caacupé, nas margens da “Ruta V”, em Pedro Juan Caballero, amanheceu vazia comparada aos anos anteriores. O local que era ponto de partida da peregrinação na fronteira costumava receber por ano mais de dois mil fiéis.
É uma pena tirarem dos fiéis da virgem de Caacupé o direito de manifestarem a sua fé, mesmo seguindo os protocolos de segurança e com capacidade reduzida, proibiram a tradicional procissão e o novenário com missas e, enquanto isso, os bares, festas e shows de funk e música eletrônica continuam lotados sem nenhuma fiscalização.
Vai vendo!!!