Serviços de segurança e legisladores do Paraguai alertam que grupos criminosos da região da fronteira de Pedro Juan Caballero (PY) e Ponta Porã (MS) estariam “migrando” para Assunção, capital paraguaia. Esses criminosos estariam ligados às facções brasileiras Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho.
Os motivos para essa migração seria o aumento iminente das forças de segurança do Brasil na região de fronteira após a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, que promete ações legais e ilegais contra os grupos criminosos, bem como a crescente guerra pelo controle da região entre o PCC e CV.
“Nós sabemos que esta luta existe e que os grupos narcos de Pedro Juan Caballero estão migrando para Assunção, como resultado da luta entre grupos brasileiros”, disse o congressista Robert Acevedo.
Não é que os criminosos paraguaios deixaram os negócios da fronteira, mas eles buscam na capital fugir dos fortes episódios de violência registrado nos últimos meses na região.
Os serviços de segurança mencionam que o atual líder do PCC na fronteira entre Brasil e Paraguai é Sergio de Arruda Quintiliano Neto, também conhecido como Minotauro. Ele estaria recrutando referências locais de tráfico de drogas para operar em sua organização.
Acevedo destacou o bom trabalho que está sendo feito pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), sob o comando de Arnaldo Giuzzio, para enfrentar a ameaça narcoterrorista. No entanto, ele alertou que um forte apoio será necessário em todas as frentes, para expulsar ou parar os criminosos do narcotráfico.
“Ele está fazendo um bom trabalho, mas também sabe que lida com informações de que coisas fortes ainda acontecerão (na fronteira), espera-se que ele seja bem sucedido na luta”, observou o congressista.