Famílias de vítimas no Maranhão oferecem R$ 450 mil para encontrar em MS acusado de homicídios

As famílias de Rodrigo Alves Rabelo e de Valciderlan Souza, moradores de Barra do Corda, no Maranhão, estão oferecendo recompensa de R$ 450 mil pela localização do sul-mato-grossense Giovany Molina Santos e de outros três acusados de assassinar a tiros os dois rapazes no dia 9 de janeiro deste ano.

Dias depois do assassinato, uma força-tarefa das polícias Civil e Militar cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra os suspeitos, porém, Giovany Santos e os outros três acusados – José Ermes Gomes Silva, Marcelo Gomes Carneiro e José Rogério Gomes de Lima – continuam foragidos.

Por isso, após mais de 60 dias dos assassinatos, os familiares das vítimas resolveram oferecer a recompensa de quase meio milhão de reais. “A gente sabe que é uma missão difícil e essa recompensa vem de uma união das famílias das duas vítimas. E o que a gente espera é que haja uma resposta e por isso o incentivo financeiro”, explicou.

Esse familiar ainda disse que sabe que não é uma tarefa fácil a localização dos criminosos. “Não estou criticando o trabalho da Polícia, mas demora muito, né? Há dezenas, centenas, milhares de ações delituosas ocorrendo simultaneamente ao mesmo tempo, então não é uma tarefa fácil”, reconheceu.

Além disso, o parente comentou que recebeu informações de que o acusado sul-mato-grossense, que é natural de Porto Murtinho (MS), teria sido visto em municípios da região de fronteira com o Paraguai. “Ele foi visto em alguns municípios de Mato Grosso do Sul, inclusive em Ponta Porã (MS), que faz fronteira com o Paraguai, há mais ou menos um mês”, afirmou.

Conforme a Delegacia Regional de Polícia Civil de Barra do Corda, Rodrigo Alves Rabelo e Valciderlan Souza foram assassinados com vários disparos de arma de fogo, efetuados por uma dupla de criminosos que estava em uma motocicleta. As investigações apontam que o crime teria sido motivado por disputa de terras, possivelmente griladas, em regiões das cidades de Mirador e Fernando Falcão, no Maranhão.

Além disso, teria ocorrido uma troca de ameaças em dezembro de 2024, que envolveu uma das vítimas e um dos investigados. De acordo com o delegado de Polícia Civil Brito Júnior, a quadrilha é suspeita de grilar até 20 mil hectares na região de Mirador, Fernando Falcão, Barra do Corda e outras cidades no entorno, podendo chegar a R$ 40 milhões.

O sul-mato-grossense Giovany Santos é apontado como possível mandante dos crimes. O delegado ainda explicou que o modus operandi do grupo criminoso era observar terras devolutas ou particulares sem certificação ou benfeitorias e realizar o deslocamento de matrículas, falsificar georreferenciamento e certificação. Eles também faziam ameaças a posseiros e agricultores familiares, entre outros, a fim de vender as terras a grandes grupos econômicos ou fazendeiros. Com informações do site Midiamax.