As execuções a tiros de pistola calibre 9 mm do bancário Marco Esquivel González, 32 anos, mais conhecido como “Marquito”, e de Lorena Concepción Areco Gauto, 30 anos, na noite de domingo (15), em Pedro Juan Caballero (PY), podem ter relação com o tio da primeira vítima, Cornelio Esquivel Maldonado, 39 anos, mais conhecido como “Mitú”, que é procurado pelas autoridades de segurança do Paraguai como sendo um dos principais “chefões” do crime organizado no país vizinho.
Para a Polícia Nacional do Paraguai, o ataque é chocante, pois Marquito era somente um bancário do Banco de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). No entanto, os investigadores também receberam a informação de que ele era o principal administrador dos bens de Mitú, que é apontado como o responsável pela execução do ex-deputado Magdaleno Silva, ocorrido em 2015 na cidade de Yby Yaú, quando também morreram o filho do parlamentar e dois outros amigos da família, que eram pai e filho.
Estranhamente, a esposa de Magdaleno Silva e os outros filhos do deputado paraguaio testemunharam a favor de Mitú, que escapou do processo judicial. Porém, recentemente, a promotora de Justiça Lorena Ledesma incluiu o criminoso em uma lista de chefões do crime organizado na fronteira, que inclui ainda três gerentes da concessionária de veículos Alfacom SRL, em Pedro Juan Caballero, usada para a lavagem de dinheiro do crime organizado com a compra e venda de automóveis e caminhonetes de alto padrão.
Na suspeita da Polícia Nacional do Paraguai, o bancário Marquito supostamente se mudou recentemente da cidade de Concepción para Pedro Juan Caballero com uma grande escolta de capangas contratados pelo tio. Por isso, não está descartada a hipótese de que sua execução seja um acerto de contas ou queima de arquivos do crime organizado que age na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.