Ex-presidente da FFMS, Francisco Cezário tem prisão preventiva revogada mas vai usar tornozeleira

O ex-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, conseguiu liberdade condicional na Justiça e foi solto do Presídio Militar de Campo Grande.

Conforme o advogado Julio César Marques, a revogação da prisão foi acatada pela Justiça na tarde de sexta-feira (13). Em liberdade, ele deverá cumprir medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica.

Além disso, não poderá ter contato com outros investigados da operação contra esquema de desvio de dinheiro da FFMS.

Assim que a prisão foi revogada, o advogado Júlio César protocolou novo pedido à Justiça, dessa vez, para que o ex-dirigente fosse solto já neste sábado. O requerimento foi feito porque os trâmites para soltura no Presídio Militar não são realizados nos finais de semana.

“Não houve a retirada da tornozeleira eletrônica anteriormente instalada, nem mesmo sua desativação”, pontuou.

Ele completou que foi pontuada a idade e estado de saúde de Francisco Cezário. “O requerente é idoso, com atuais 78 anos de idade, com natural debilidade de sua saúde, com garantia de proteção especial, em que o risco de dano irreparável a cada instante que permanece encarcerado”, escreveu no pedido.

Na quinta-feira (12), o ex-presidente passou mal no presídio onde estava e foi levado até o Hospital da Cassems, onde ficou internado. Francisco Cezário foi preso novamente no último dia 28 de agosto.

Ele foi flagrado realizando reuniões em sua casa, no Bairro Taveirópolis, com presidentes de clubes e dirigentes esportivos. Cezário estava impedido de exercer ‘qualquer função na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul’. Por isso foi expedido um novo pedido de prisão.

O ex-presidente é acusado de desvios de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense e foi preso a primeira vez em maio deste ano, na Operação Cartão Vermelho. Ficou 15 dias preso e foi solto com tornozeleira após passar mal após a morte da irmã, no início de junho.

Francisco Cezário de Oliveira e mais 11 pessoas foram denunciadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) pelos crimes de integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais.