Foragido da Justiça de Mato Grosso do Sul por contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil, o ex-policial militar Fábio Costa, 42 anos, mais conhecido como “Pingo”, preso no dia 11 de outubro em Salto del Guairá, cidade paraguaia que faz fronteira com os municípios de Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR), foi expulso do Paraguai nesta quinta-feira (15) e entregue à Polícia Federal do Brasil.
Pingo, que estava escondido dentro da chaminé da churrasqueira de sua mansão em Salto del Guairá quando foi preso, é considerado o maior contrabandista de cigarros do Brasil. O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinou ontem (14) a expulsão dele, o que acelerou a saída de Pingo, pois o processo de extradição poderia levar meses.
Ele foi levado em helicóptero da Polícia Nacional do Paraguai até o posto de controle migratório em Ciudad del Este e entregue à PF brasileira na Ponte da Amizade, que liga o Paraguai a Foz do Iguaçu (PR). Apontado como o responsável em pagar propina a policiais sul-mato-grossenses para permitir a passagem das cargas de cigarro paraguaio, “Pingo” estava foragido desde setembro de 2018, quando foi alvo da “Operação Nepsis” junto com outros “patrões” do contrabando.
No início de 2020 ele foi incluído entre os 26 bandidos mais procurados pelo Ministério da Justiça, com mandado de prisão internacional. O ex-PM está condenado a 12 anos de prisão por contrabando e organização criminosa. Em 2018 ele teve o filho de 17 anos, João Victor Richena Costa, assassinado a tiros de fuzil quando chegava em um condomínio em Salto del Guairá.
Ele era de Rio Brilhante (MS) e tinha se mudado há pouco para morar com o pai. O crime foi atribuído a inimigos de Pingo e ele está na lista dos mais procurados do Brasil, onde é acusado de mandar executar dois policiais rodoviários federais. A casa de um deles foi alvo de diversos tiros de uma arma automática. As investigações apontaram que o atentado estava ligado ao fato dos PRFs apreenderem mais de 30 carretas de cigarros da quadrilha.