Ex-motorista de Rafaat é indiciado por chacina na fronteira de MS que matou quatro pessoas

A Justiça do Paraguai denunciou Marcio Ariel Sánchez, mais conhecido como “Abacate”, ex-motorista de Jorge Rafaat, morto por organizações criminosas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul em 2016, e seu cunhado, Edilson Vargas Armoa, pela chacina que matou quatro pessoas no ano passado, entre elas a filha do governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo.

A denúncia foi formalizada pela promotora de Justiça Alicia Sapriza e está relacionada às investigações contra “Abacate”. O ex-motorista, que também atuava como guarda-costas de Rafaat, é apontado o líder de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e também como dono de uma agência de pistolagem na fronteira, especializada na contratação de assassinos de aluguel.

Segundo informações apuradas até o momento, as investidas contra Sánchez foram intensificadas durante a megaoperação deflagrada pela pelas autoridades paraguaias na última quarta-feira (15). A ação comandada pela Polícia Nacional teve 18 batidas simultâneas em propriedades rurais, comerciais e residenciais e resultou na prisão de Agudelia Vargas, mulher de ‘Abacate”, que continua foragido, juntamente com Edilson Vargas Armoa.

Ainda segundo o Ministério Público do Paraguai, durante a operação foram apreendidas armas de grosso calibre e bens, como carros e propriedades. Entre as propriedades que fazem parte da fortuna conseguida segundo a Justiça por serviços que incluem mais de 50 crimes de pistolagem, estão casas, um supermercado e também uma fazenda e também uma estância especializada em criação de cavalos de raça.

“Nessa operação apreendemos uma fazenda com um número significativo de gado e outros animais. Em outro local apreendemos um estábulo onde havia cerca de sete cavalos de corrida e também uma loja, um supermercado, um cabeleireiro e outras propriedades”, explicou o promotor de Justiça Osmar Legal, que também acompanha o caso, durante entrevista à Rádio Monumental 1080 AM.

Além de já ter prova de que a ‘agencia de pistolagem’ é a responsável pela morte de Haylee Acevedo em outubro do ano passado, a operação segue com investigações para saber se o grupo também está relacionado ao assassinato do prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo.

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