A ex-assessora parlamentar da senadora Soraya Thronicke (União-MS), Juliana Gaioso, que é dos alvos da operação da Polícia Federal contra bolsonaristas envolvidos em atos antidemocráticos, gravou um vídeo hoje (16) em outra rede social (a pessoal dela no Instagram foi derrubada) para comentar a visita dos policiais federais à sua residência ontem (15).
No gravação, ela disse que está extremamente abalada psicologicamente e que tem medo de ser presa a qualquer momento. A ex-assessora parlamentar teve o celular apreendido pela PF durante a operação e disse não ter outra fonte de rede, senão a que sai do celular.
Juliana Gaioso ainda alegou que estava usando um aparelho velho porque não tem condições de comprar outro celular. Em Brasília (DF) nos últimos dias participando de manifestação, ela nega que seja financiadora de movimentos, visto que precisa de ajuda de quem lhe acompanha para se manter na Capital Federal.
No vídeo, a ex-assessora parlamentar pede ajuda para o presidente Jair Bolsonaro (PL), filho e deputados federais e senadores eleitos por bolsonaristas. Juliana Gaioso revelou detalhes da operação, alegando que a PF apertou o interfone dela por diversas vezes e pegaram o telefone em frente aos filhos, o que fez a pressão dela subir para 21.
“A gente vai vencer, tenho certeza que o presidente Jair Bolsonaro não vai deixar a gente na mão, pelo amor de Deus. Eles estão fazendo isso, que é pra gente ter medo e ficar em casa”, reclamou a ex-assessora parlamentar, pedindo ainda para cobrarem o “general” para agir.
Ela gravou o vídeo em um carro e não informou para onde estava indo, sendo que tem participado de protestos em manifestações. No vídeo, inclusive, convocou as pessoas para irem às ruas, afirmando que não vão prender quem está nas ruas.
“Fiquei 14 dias em Brasília, documentando tudo, dormindo em uma cama horrível, sem comer”, afirmou Juliana Gaioso, reclamando de ter perdido imagens que gravava para um documentário.