Dados divulgados pelo Mapa da Inadimplência da Serasa apontam que metade da população economicamente ativa de Mato Grosso do Sul, que hoje passa de 2,1 milhões, está inadimplente.
A inadimplência atingiu 50,20% da população economicamente ativa, o que representa 1,076 milhão de pessoas com algum tipo de restrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) no mês de abril.
O porcentual de inadimplentes ultrapassa o índice nacional de 44,62% da população, deixando o Estado atrás somente dos Amazonas (52,26%), Amapá (52,55%), Distrito Federal (53,04%), Mato Grosso (53,53%) e Rio de Janeiro (54,85%).
O crescimento porcentual foi de 0,84%, ante os 1,067 milhão de “nomes sujos” registrados no mês de março deste ano. O aumento sobe ainda mais quando comparado a abril de 2023 quando foram identificados 1,034 milhão de CPFs com restrições.
O levantamento destaca que o valor médio das dívidas, por inadimplente, chegou a R$ 5.732. Já o valor total devido no Estado totalizou R$ 6,172 bilhões no mês de abril de 2024.
Ainda de acordo com o relatório, a maior parte das dívidas em Mato Grosso do Sul está concentrada em três principais setores, sendo os bancos e cartões os maiores responsáveis, com 32,45%; na sequência, com 17,45%, estão as financeiras; e os serviços, com 16,67%.
As faixas etárias que possuem a maior parte dos inadimplentes no Estado está entre as pessoas de 26 e 40 anos, representando 35,4% do total dos que integram a lista de negativados, seguidos pela população entre 41 e 60 anos (34,9%) e, por último, pessoas com mais de 60 anos (17,6%).
Para o semestre que se inicia, os analistas econômicos consultados pelo Correio do Estado apontam que o panorama referente à inadimplência não deve sofrer mudanças significativas.
A tendência para o futuro deve ser de uma recuperação gradual, reforçando que mesmo com a recuperação econômica em andamento, muitos foram os que perderam seus empregos ou sofreram reduções significativas na renda.