Apesar de ter obtido desde o início da semana autorização do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para ser transferido de hospital de Mossoró (RN) para o Hospital Santa Lúcia, em Brasília (DF), o empresário campo-grandense Jamil Name, 82 anos, continua internado no Rio Grande do Norte devido ao seu estado de saúde ter agravado em razão da Covid-19.
De acordo com a defesa do octogenário, que está preso desde o dia 27 de setembro de 2019 sob acusação de comandar milícia armada responsável por várias execuções em Mato Grosso do Sul, ele está intubado e a situação de saúde não permite a transferência. A defesa pediu a prisão domiciliar para Jamil Name no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e chegou a conseguir a suspensão de todos os sete mandados de prisão para que fosse transferido de hospital e ficasse sem escolta policial.
Depois, a decisão do juiz federal Walter Nunes da Silva Junior foi positiva para que o réu retornasse para o Estado de origem. No entanto, a intenção da família seria a de transferência para o hospital em Brasília, o que foi permitido em decisão do ministro Rogerio Schietti, do STJ. Jamil Name foi preso na Operação Omertà, desencadeada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes. As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras. Com informações do site Midiamax