O ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Roberto Assis, estão presos há mais de 70 dias em Assunção, capital do Paraguai, por falsificação de documentos e, por enquanto, não há previsão para o fim do imbróglio. Isso porque ele e o irmão dele seguem fazendo parte da investigação que procura uma quadrilha especializada na falsificação de documentos no país vizinho.
Segundo fontes ouvidas no Paraguai, o craque brasileiro está praticamente “esquecido” no luxuoso hotel em que cumpre prisão domiciliar determinada pela Justiça paraguaia. Enquanto as investigações sobre a quadrilha de falsificadores não avançar, Ronaldinho Gaúcho e o irmão terão de continuar à disposição da Justiça do país vizinho aguardando sabe Deus até quando, pois, com as restrições impostas pelas autoridades paraguaias para combater o novo coronavírus (Covid-19), o trabalho do Ministério Público fica comprometido.
No último dia 4 de maio, o Paraguai adotou esquema de “quarentena inteligente” e retomou serviços, entre eles, as medidas de redução do isolamento social estão áreas da Justiça. Por conta disso, a defesa de Ronaldinho e seu irmão apresentou novo recurso e espera que ele seja julgado nos próximos dias, mas não é possível prever data.
A defesa não quis adiantar o conteúdo do recurso por entender que o sigilo é necessário na estratégia. Preso no Hotel Palmaroga, cadastrado como quatro estrelas, Ronaldinho Gaúcho tem rotina bem melhor do que a no presídio. A “casa provisória” fica na Calle Palma, rua localizada no microcentro de Assunção, de onde o ex-jogador tem dado entrevistas e até participado de lives de artistas brasileiros.