“Acho um absurdo ele abrindo normalmente a lanchonete e nós sem saber se vamos receber”, disse a funcionária ao site Midiamax. A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) apreendeu na última segunda-feira (23) uma câmera colocada embaixo da caixa registradora, onde filmava as trabalhadoras de baixo para cima, outra no banheiro da lanchonete e uma no banheiro da edícula, em sua própria casa, para filmar a cunhada.
“Nós duas com filhos pequenos sem apoio nenhum. Fora a vergonha e o medo de sair na rua. Muitas pessoas sabiam onde eu trabalhava, ele na rua andando livremente e nós em casa com medo, sem saber o que fazer”, desabafou a mulher de 33 anos de idade, contando que ainda não sabe como irão receber os valores pelo que trabalharam.
As câmeras eram posicionadas intencionalmente para filmar as mulheres, tanto no banheiro quanto embaixo da caixa registradora. Perícia analisa se há imagens de crianças ou adolescentes, o que pode acarretar indiciamento pelos crimes previstos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Até o momento, o comerciante responde pelo armazenamento de imagem, que pode resultar em pena de seis meses a um ano de detenção, em regime fechado ou semiaberto. Ele alegou que não compartilhou as imagens, o que também será analisado pela perícia.
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