A onda de assaltos dentro do campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande (MS) está provocando medo dos acadêmicos e até de pessoas que frequentam o local para exercícios físicos. Um grupo pretende se reunir para discutir a situação, pois no local a reclamação vai desde a falta de iluminação à noite ao fácil acesso às dependências do campus.
Na noite da última segunda-feira (7), aconteceu um roubo nas proximidades do Centro Acadêmico de Geografia. De acordo com o DCE (Diretório Central dos Estudantes), há pouco tempo a cantina da concha acústica foi arrombada e agora os estudantes estão sendo assaltados dentro do campus, contribuindo para que diversos acadêmicos se sintam inseguros dentro da própria universidade.
No fim da tarde de quinta-feira (10), o site Midiamax enviou uma equipe de reportagem ao local e a principal reclamação dos acadêmicos foi a falta de iluminação e de agentes de segurança, bem como a facilidade para acessar o campus por qualquer pessoa.
Alguns estudantes estão recorrendo a carros de aplicativos com medo de esperar até tarde da noite por um ônibus do transporte coletivo urbano. Os acadêmicos informam que já teve uma reunião com a reitoria e agora deve haver uma reunião com alunos para ouvir sugestões para mitigar o problema.
Em nota, a UFMS rebate os casos e afirma que “não há registros de assaltos nas dependências da UFMS” e que o caso citado ocorreu “fora da instituição”. Ainda conforme a instituição, “a UFMS possui uma Política de Segurança, desde 2017, com vigilância e ronda motorizada, videomonitoramento e botão de pânico, bem como totem da delegacia virtual da Polícia Civil para registro de eventuais ocorrências”.
A situação que deixa estudantes, funcionários e frequentadores, não é um caso isolado, como já relatado pela imprensa. No ano passado, um estudante passou a andar com um celular estragado para não ter o aparelho novo levado pelos bandidos, caso fosse furtado ou roubado. A estratégia surgiu após ele ter sido assaltado e passar um bom tempo para pagar o novo aparelho.
Em 2011, um crime pior ainda aconteceu dentro das dependências da universidade. Uma estudante do curso de Química foi estuprada em abril daquele ano. A moça se dirigia do bloco 11, onde estuda, para o Centro de Ciências Humanas e Sociais. No trajeto existe uma ponte, próximo de onde aconteceu o estupro.