Levantamento da Energisa em Mato Grosso do Sul revelou que o número de suspeitas de fraude para furto de energia elétrica, o chamado “gato”, aumentou 62% neste ano em comparação com o ano passado.
Em média, conforme a concessionária, são 9,9 mil casos mensais de janeiro a novembro contra 6 mil nos 12 meses de 2023. Desmembrando as 9,9 mil denúncias são, em média, 330 casos por dia, o que gera 13,75 casos por hora, ou seja, a cerca de quatro minutos uma pessoa é denunciada por gato de energia no Estado.
Conforme a Energisa, até novembro, 168 pessoas foram detidas e encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil por suspeita de furtos de energia e fraudes na medição em imóveis.
O gato na energia é crime e a pessoa flagrada pode ser enquadrada por furto ou estelionato, a depender se a ligação clandestina da energia foi realizada antes de passar pelo relógio medidor (furto), ou se houve alterações no relógio com intuito de pagar um valor menor (estelionato).
Ainda segundo a Energisa, com as fraudes, mais de R$ 68 milhões deixaram de ser repassados aos cofres públicos, superando todo o ano de 2023. Para averiguar as denúncias e realizar as possíveis prisões e responsabilizações, há uma ação integrada entre a concessionária e a Polícia Civil, além de um cronograma diário de atuação contra os crimes.
As “batidas” se baseiam em investigações preliminares e análise de dados, com o uso de alta tecnologia, para identificar discrepâncias significativas nos registros de consumo.
Já as inspeções periódicas para identificar fraudes e furto de energia elétrica seguem determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do setor que estabelece que “a distribuidora deve promover, de forma permanente, ações de combate ao uso irregular da energia elétrica”.