O pedido de prorrogação das atuais tarifas foi aprovado pelo relator, Sandoval Feitosa, e pelos diretores do órgão regulador da Anvisa. Neste ano, o aumento deverá ficar em torno de dois dígitos, pois, apenas o IGP-M, usado como parâmetro para corrigir o valor da conta de luz, ficou em 14,77%.
No entanto, não pense que a Energisa é “boazinha” e preocupa-se com os seus consumidores, o verdadeiro motivo para a concessionária solicitar o adiamento do aumento é porque, conforme balanço publicado no mês passado, o lucro da empresa no Estado passou de R$ 342,4 milhões, em 2020, para R$ 601,4 milhões. O valor é recorde e o 2º maior entre as 11 concessionárias do grupo, só perdendo para a unidade do Mato Grosso, com lucro de R$ 1,133 bilhão.
A Energisa também vem sendo alvo de uma enxurrada de ações judiciais por protesto e cobrança indevida. Desde o início do ano passado, apesar da grave crise causada pela pandemia, a concessionária passou a enviar as contas em atraso para protesto em cartório. A medida foi adotada apesar da taxa de inadimplência ter caído de 1,53% para 1,17%.
Os consumidores queixaram-se porque passaram a ser obrigados a pagar pela retirada do nome do protesto em cartório para recuperar o crédito e o valor chega a encarecer a conta de luz em até 50%. O Procon recomendou a suspensão da medida, que classificou como abuso, mas foi ignorado pela Energisa, que insiste que cumpre a lei e manteve o terrorismo sobre os clientes.
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