Apesar de não existir qualquer comprovação científica, o deputado federal Luiz Ovando (PSL/MS) continua usando seus perfis nas redes sociais para disseminar fake news sobre a eficácia da ivermectina e hidroxicloroquina no combate à Covid-19, medicamentos que ficaram famosos por fazerem parte do “Kit Covid” propagado pelo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL).
O “nobre” parlamentar aproveita-se das incertezas geradas pela variante Ômicron do novo coronavírus para reforçar o incentivo para que a população utilize os dois medicamentos comprovadamente sem eficácia para evitar a contaminação pela Covid-19.
Em post no Instagram no fim de novembro, ao classificar a definição da nova variante Ômicron como “apelido”, Luiz Ovando faz breve comentário a respeito da necessidade de as pessoas aumentarem os cuidados para evitar serem infectadas, principalmente respeitando as medidas sanitárias preconizadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e faz três recomendações à população.
Uma delas é para que as pessoas não aceitem a realização do Carnaval em suas cidades para evitar aglomerações, sugerindo ainda que nas festas de fim de ano todos continuem cautelosos. Na sequência, ele defende a vacinação como forma de as variantes serem barradas pelo sistema imunológico.
Ele ia bem até a segunda recomendação, pois ao chegar à terceira, cravou uma das notícias falsas mais notórias em tempo de pandemia: a de que medicamentos como a ivermectina e a hidroxicloroquina são eficazes no “tratamento preventivo” contra a Covid-19, balela já descartada por dezenas de estudos científicos ao redor do mundo.
“Diante do aumento de casos em sua cidade ou região, comece a usar a ivermectina preventivamente a cada 15 dias ou siga a orientação do seu médico. Você pode fazer a prevenção por medidas sanitárias, vacinas ou remédios como a ivermectina e a hidroxicloroquina. E funcionam. Seja perspicaz”, disse o deputado federal bolsonarista, que é médico.
Até a AMB (Associação Médica Brasileira), que inicialmente posicionou-se a favor do uso dos fármacos e da “autonomia do médico” para receitar essas drogas, em função da falta de estudos científicos voltou atrás e sugeriu que os remédios sejam “banidos” quando relacionados à Covid-19.
“Reafirmamos que, infelizmente, medicações como hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina, entre outras drogas, não possuem eficácia científica comprovada de benefício no tratamento ou prevenção da Covid-19, quer seja na prevenção, na fase inicial ou nas fases avançadas dessa doença, sendo que, portanto, a utilização desses fármacos deve ser banida”, traz nota da AMB. Com informações do site VoxMS
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https://voxms.com.br/covid-19/deputado-luiz-ovando-continua-divulgando-noticias-falsas/