Em um ano, senadores e deputados federais e estaduais de MS gastaram R$ 17 milhões

Levantamento do site MS em Brasília revelou que, em um ano, os três senadores, os oito deputados federais e os 24 deputados estaduais de Mato Grosso do Sul gastaram R$ 17 milhões extras. Cada parlamentar sul-mato-grossense gastou, em média, R$ 485 mil apenas com despesas acessórias, como aluguel de imóvel e veículos, pagamento de água, luz, contas de telefone e internet, consultorias, divulgação da atividade parlamentar, entre outras.

Desse total, R$ 12 milhões foram torrados pelos deputados estaduais, R$ 4 milhões pelos deputados federais e perto de R$ 1 milhão pelos três senadores, com Nelsinho Trad (PSD) gastando mais da metade, ou R$ 500 mil. Embora as maiores despesas sejam dos deputados estaduais, o ranking dos “gastões” é liderado pelo deputado federal Vander Loubet (PT), cujos desembolsos da Câmara com ele atingiram R$ 542.867,95 em 2023.

Um pouco atrás aparecem os deputados estaduais Lucas de Lima (PDT), com despesas de R$ 541.991,39, e Márcio Fernandes (MDB), com R$ 541.812,12. Os estaduais Coronel David (PL) e Antônio Vaz (Republicanos) fecham o ranking dos cinco maiores gastadores, com despesas de R$ 541.615,27 e R$ 540.877,69.

Os senadores — exceção a Nelsinho Trad, que torrou R$ 500 mil em 2023 — têm os menores gastos, individualmente. Soraya Thronicke (Podemos) pediu ressarcimentos de R$ 255 mil e Tereza Cristina (PP) um pouco menos, de R$ 227 mil. O Senado divulga ainda despesas dos parlamentares com correios, mídias sociais e material de escritório, além de viagens oficiais e, em relação a esses itens, Trad gastou R$ 210.642,29, Tereza, R$ 37.549,78, e Soraya, R$ 33.066,25.

O valor utilizado por deputados e senadores em 2023 pode aumentar a qualquer momento, uma vez que as despesas de dezembro ainda não estão totalmente informadas nos portais de transparência. Em relação às despesas, há similaridade entre senadores, deputados federais e deputados estaduais. Grande parte da cota é destinada a consultorias e divulgação da atividade parlamentar.

Os estaduais gastaram pequena fortuna com esses dois itens: R$ 7,7 milhões. Senadores e deputados federais utilizaram R$ 2,3 milhões em despesas com consultorias e divulgação. Os campeões são os deputados estaduais Lucas de Lima, com R$ 466 mil entre janeiro e dezembro; seguido de Márcio Fernandes (MDB) com R$ 444 mil e Junior Mochi (MDB), R$ 424 mil. Parlamentares reeleitos tiveram um mês a mais de cota para gastar em relação aos eleitos.

Deputado estadual Lucas de Lima: maior gasto entre os 24 estaduais e o segundo no geral, com R$ 541 mil

Aparecem ainda com gastos exagerados Professor Rinaldo Modesto (Podemos) com R$ 421 mil; Rafael Tavares (PRTB), R$ 391 mil; Pedro Kemp (PT), R$ 385 mil; seguido de Antônio Vaz com despesas de R$ 371 mil e João Henrique Catan (PL), R$ 366 mil, torrados em consultorias e divulgação da atividade parlamentar. Entre os deputados federais estão Geraldo Resende (PSDB), com R$ 310 mil, e Beto Pereira (PSDB), R$ 253 mil.