Os casos suspeitos de dengue em Mato Grosso do Sul saltaram de 272 para 1.106 no período de 11 de janeiro a 18 de janeiro de 2023, ou seja, um aumento de 306% em apenas sete dias, enquanto os casos confirmados da doença subiram de 25 para 229, o que representa uma alta de 816% no mesmo período, conforme boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde).
Os municípios com alta incidência (cálculo de casos prováveis dividido pela população local multiplicado por 100 mil) são da região oeste. Bodoquena (599,6), Bonito (567,8) e Caracol (420,6) formam os três municípios com maiores incidências. Além deles, o boletim traz Jaraguari, Miranda, Batayporã e Rio Negro com incidência alta. Na faixa intermediária estão Antônio João, Água Clara, Maracaju e Jardim.
Ao todo, 54 municípios notificaram casos prováveis da doença. Campo Grande tem apenas 50 casos prováveis com baixa incidência. A Capital é a segunda cidade com mais confirmações, com 27, atrás de Maracaju, com 38. Caracol é a terceira, com 21 confirmações. A doença é transmitida pelo vetor, o mosquito Aedes aegypti. A principal forma de combate é com a redução dos focos de reprodução do inseto, que também é transmissor de outras doenças como a zika e chikungunya.
Segundo a SES, a confirmação é feita por meio de exame laboratorial pelo Laboratório Central. Os resultados normalmente são liberados entre dois a cinco dias, dependendo da demanda do laboratório. A Secretaria ressalta que o exame laboratorial é uma das ferramentas auxiliares no diagnóstico e não a única ferramenta.
A orientação para as secretarias municipais de Saúde é para intensificar os trabalhos para detecção precoce dos casos suspeitos. “Isso propicia a assistência adequada e evita o agravamento e evolução ao óbito”. A SES reforça ainda que está apoiando os 79 municípios e orientando sobre o manejo clínico do paciente.