Responsável por conduzir a “Operação Omertà”, que levou às prisões dos empresários campo-grandenses Jamil Name, 83 anos, e Jamil Name Filho, 42 anos, o “Jamilzinho”, por liderarem uma milícia na Capital, o delegado Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), afirmou que o MPE (Ministério Público Estadual) tem duas provas cabais de que pai e filho seriam os donos do arsenal apreendido um imóvel no Bairro Monte Líbano no ano passado.
Em matéria publicada pelo jornal Correio do Estado na edição deste sábado (30), Fábio Peró conta que essas provas é o contrato que Jamil e Jamilzinho têm de propriedade do imóvel onde estavam os fuzis e as munições, enquanto a outra são as mensagens trocadas entre os funcionários da dupla cobrando o armamento. Na quarta-feira (27), a 1ª Vara Criminal de Campo Grande ouviu os réus no processo que trata do arsenal apreendido após a prisão do então guarda municipal Marcelo Rios em maio de 2019.
O arsenal era composto por dois fuzis AK-47, quatro carabinas 556 calibres .12 e .22, um revólver calibre 357, silenciadores, carregadores e pistolas, além de uma grande quantidade de munições de diversos calibres. No depoimento, Marcelo Rios disse que as armas não eram dele, nem de Jamil e Jamilzinho, para quem trabalhava, mas sim do motorista foragido Juanil Miranda, que é apontado como um dos pistoleiros da milícia formada pela família Name para intimidar os inimigos.