O descaso da PMA (Polícia Militar Ambiental) no resgate de animais silvestres perdidos em meio à selva de pedra fez mais uma vítima nesta quarta-feira (12). Um macaco-prego morreu eletrocutado depois de encostar na fiação de um poste de energia elétrica na Rua São Benedito, no Bairro Santa Luzia, em Campo Grande.
Antes disso, segundo relato de moradores, o animal silvestre permaneceu quatro dias em um pé de manga da região, mesmo após eles terem acionado a PMA para fazer o resgate do macaco. O animal silvestre foi perseguido por cães e subiu no poste para tentar fugir. O problema, de acordo com os moradores, é que desde o último domingo (9), a PMA foi acionada para capturar o macaco, mas não apareceu.
Eles revelam que ligaram para a PMA, mas eram jogados de um atendente para outro. A PMA é responsável pelo trabalho de resgate de animais, mas prioriza a prevenção de crimes. A população pode acionar a Polícia Ambiental, mas precisa ter paciência, pois dificilmente é atendida. Para tentar otimizar o fraco desempenho da PMA, 30 policiais municipais foram formados no início de novembro para fazer o resgate de animais silvestres.
Agora, o impasse é sobre quem irá retirar a carcaça da fiação, pois o corpo de animal começou a apodrecer, causando mau cheiro. Desfazer de animais mortos em terrenos impróprios e até mesmo nas ruas da cidade coloca a saúde das pessoas em risco por meio da disseminação de pragas e doenças, e também caracteriza crime.
No entanto, quando o animal morre na área urbana há o recolhimento feito pela CG Solurb. Pouca gente sabe, mas esse serviço pode ser solicitado pelo 0800 647 1005. No caso do macaco, segundo a Solurb, a Energisa deve ser acionada ao menos para interromper o fornecimento de energia para que o animal seja retirado sem colocar a vida dos trabalhadores em risco.
EM SOROCABA CASO IGUAL
Um macaco morreu eletrocutado na rede elétrica no Jardim Prestes de Barros, em 21 de setembro desse ano. (foto à direita).
Segundo um morador do bairro que registrou a situação e acionou a concessionária de energia elétrica, o corpo do animal ficou pendurado por mais de nove horas nos fios de alta tensão. O incidente com o macaco aconteceu por volta das 11h.
A CPFL Piratininga, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, informou que recebeu a solicitação de retirada do macaco da rede elétrica às 17h05 e que uma equipe foi ao local por volta das 20h30.
“A equipe priorizou outras demandas mais críticas, como as dos estragos causados pelo temporal da última quarta-feira, dia 19 de setembro. A concessionária ainda esclarece que encaminhará o animal ao Zoológico de Sorocaba para que a instituição faça a destinação adequada.”