Preso desde o dia 19 de abril deste ano em uma cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), em Campo Grande (MS), o empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 79 anos, conseguiu laudo médico, apontando que ele não tem condições de saúde para ficar em ambiente prisional. A análise foi anexada a processo no qual a defesa do réu na Operação Omertá pede o benefício da prisão domiciliar para o “Rei da Fronteira”.
Segundo o site Campo Grande News, o documento foi feito por determinação do juiz Roberto Ferreira Filho, a quem caberá decidir sobre a solicitação da defesa. No laudo anexado ao processo, a conclusão é de que o preso necessita de atendimento multidisciplinar em razão da situação de saúde. Na semana passada, ele foi internado em hospital particular, com autorização do magistrado, para procedimento cirúrgico considerado de urgência, para desobstrução da veia carótida direita, responsável pelo fluxo de sangue para o cérebro.
Ele voltou para o Garras ontem (1), sob escolta do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Conforme a análise da perícia, porém, o maior problema do réu é respiratório. Ele tem apenas um pulmão, já que o outro foi retirado por causa de um câncer. Contratado para perícia auxiliar, o médico pneumologista Henrique de Brito atestou que Fahd Jamil precisa de tratamentos que o sistema prisional não tem condições de oferecer.
Agora, com o laudo anexado ao processo, falta a manifestação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) para que o juiz decida. Além dos problemas de saúde, a defesa alega que o cliente corre risco se ficar no sistema prisional dominado pela facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), em razão de ameaças recebidas em Ponta Porã (MS), onde Fahd Jamil mora.