Nomeado neste dia 28 de setembro deste ano, o senhor Paulo Rios Júnior, mais conhecido como “Paulo Paraguaio”, para exercer o cargo de coordenador regional da Funai em Campo Grande, já enfrenta resistência dos servidores do órgão e também das lideranças indígenas do Estado.
Paulo Paraguai não é servidor público, não tem história de trabalho em prol das populações indígenas e foi indicado pelo deputado federal Carlos Marun, de quem já foi assessor.
Mobilizados desde 31 de dezembro do ano passado, os servidores da Funai tentavam barrar essa nomeação e, embora tenham enviado diversos documentos para a Presidência da Funai, Ministério da Justiça e Presidência da República, contrários à indicação e pedindo a nomeação de servidor do quadro da Fundação, em nenhum momento foram chamados para serem ouvidos.
Desde dezembro, o deputado federal Carlos Marun tentava emplacar seu ex-assessor como coordenador da Funai em Campo Grande. Conforme explicou o deputado na época, Paulo Paraguaio foi escolhido pelo “traquejo político”. A nomeação do coronel Renato Vidal Santana – que assinou a própria demissão após pressão das comunidades – também foi indicação do deputado e desencadeou o movimento de ocupação da entidade, em novembro.