Ainda comemorando a vitória na eleição para deputada federal pelo PT, a vereador Camila Jara, 27 anos, sofreu um duro baque nos últimos dias após ter vazado um “nude” em aplicativos de mensagens. De acordo com o site Primeira Página, a fotografia ficou no ar domingo por 30 minutos no perfil da parlamentar no stories do Instagram, recurso no qual a publicação fica disponível por 24 horas.
O curto espaço de tempo foi suficiente para o print entrar em ação e a imagem ganhar o mundo sem freio do encaminhamento. Imediatamente, Camila Jara, por meio de sua assessoria, solicitou ao WhatsApp, via notificação extrajudicial, que a foto deixasse de ser disponibilizada no aplicativo. Além disso, apresentou uma notícia crime à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para que os autores dos possíveis crimes de divulgação da imagem sejam identificados e punidos.
De acordo com o advogado da vereadora, João Antonio Argirin, além do próprio crime de divulgação de imagem íntima, o compartilhamento de “nudes” sem consentimento também configura difamação, injúria e, no caso da vereadora em específico, violência política de gênero. Em um grupo que reúne policiais militares, por exemplo, o print aparece junto da palavra “dePutada”. Em outro grupo, formado só por homens, é possível ver que a imagem está sendo repassada incontáveis vezes, sinalização feita pelo aplicativo.
Em comunicado oficial, Camila Jara disse ter sido vítima de algum tipo de invasão cibernética em seu aparelho de telefone celular. A foto, de acordo com a parlamentar, foi feita para uma avaliação nutricional. Se a versão de Camila de uma invasão ao celular for comprovada, existe um outro crime a ser investigado, estabelecido em 2012, quando foi instituída a lei “Carolina Dieckman”. Pela disposição da legislação, se a invasão é cometida contra autoridades do Executivo e Legislativo, a punição é ampliada.