Depois de expulsar os narcotraficantes brasileiros Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, mais conhecido como “Marcelo Piloto”, apontado como um dos líderes da facção criminosa brasileira CV (Comando Vermelho), e Rovilho Alekis Barboza, conhecido como “Bilão”, integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), a Corte Suprema de Justiça do Paraguai ainda tem uma lista com mais 20 nomes de “personas non grata” no país.
O Blog do Nélio teve acesso à suposta lista de brasileiros ligados às duas facções criminosas mais perigosas do Brasil para serem expulsos do país vizinho nos próximos dias. No documento, a Corte Suprema de Justiça revela que resolução deferida na sessão plenária de 20 de novembro solicita aos magistrados determina as extradições das seguintes pessoas:
- Rafael dos Santos
- Thiago Ximenes
- Jair Alves Patene
- Sidimar Cordeiro da Silva
- Adrian Alex Lima
- Juan Benitez Ramírez
- Rosani Zanella Rosa
- Sonia Mariene Troche de Garcia
- Roberto Suarez Vera
- Juan Manuel Ascona Sanabria
- Sílvio Galeano Larrea
- Hermenegildo Estigambia Zárate
- Pedro Antonio Cáceres Recalde
- José Antônio Ojeda Pereira
- Francisco José Madrid Chávez
- Fabián Valentin Martínez
- Eurico Mariano
- Aníbal Brizuela Nuñez
- Gustavo Benítez Barrios
- Felipe Servín Ruiz
PCC
Após a expulsão de “Marcelo Piloto”, o outro “chefão” do narcotráfico extraditado pelo Paraguai foi Bilão, que estava preso desde 30 de março de 2017. Ele caiu com armas, drogas e dinheiro em espécie em um local em que pagaria corrupção a membros da Polícia local, segundo as autoridades do país vizinho.
À época da prisão de Bilão no Paraguai, o Brasil já havia feito pedido de extradição do traficante, apontado com cargo importante na expansão da facção naquele país. No Brasil, ele já tinha sido condenado a 24 anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e organização criminosa.
Segundo investigações realizadas no Paraguai, existia a suspeita de que Bilão continuasse comandando parte do tráfico de drogas, tanto no Sul do Brasil quanto na fronteira com o Paraguai, de dentro da prisão. Ele era apontado como o principal traficante de cocaína do Sul do Brasil.
Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, o país atendeu ao pedido de extradição feito pelo Brasil através da 2ª Vara Criminal de Maringá, no Paraná. O ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, informou, em nota, que a extradição ocorreu a mando do presidente, Mario Abdo Benítez, como parte da determinação do governo de expulsar do país os criminosos reconhecidos de outras nacionalidades.
Bilão estava na Penitenciária Nacional de Tacumbú, que fica na capital Assunção. Durante a madrugada da última quinta-feira (22), policiais de elite o levaram até um aeroporto utilizado pela Força Aérea do Paraguai. De lá, foi levado em um avião até Hernandarias, na fronteira com o Paraguai. No local, a direção de migração do país entregou a ele o certificado de deportação, que fora assinado pelo juiz Miguel Tadeo Fernández.