Com mais de 100 agentes da Polícia Militar, Polícia Civil e a Guarda Civil Metropolitana, uma operação conjunta visitou 68 pontos de venda de cobre na manhã de ontem (7) em Campo Grande e apreendeu 220 quilos de fios de cobre de origem ilícita, resultando em mais de R$ 20 mil em multas.
Com foco no combate ao furto e à receptação de fios de cobre e outros materiais metálicos, a ofensiva teve início às 6h30 e, segundo a inteligência da PM, os endereços já vinham sendo monitorados há bastante tempo por suspeita de irregularidades.
O material de cobre foi apreendido em um ferro-velho na Avenida Tamandaré, ponto reincidente nesse tipo de prática. Além disso, 20 tampas de bueiro foram encontradas e recolhidas na Rua Thomáz Edison.
De acordo com a legislação municipal, é proibido manter em depósito fios queimados e sem isolamento, justamente para coibir o comércio ilegal e exigir comprovação da origem do material.
Essa foi a terceira operação de 2025 voltada especificamente ao combate à receptação de materiais furtados em locais de compra e venda de recicláveis. O objetivo é desarticular a cadeia criminosa que estimula os pequenos furtos em vias públicas, redes elétricas e instalações urbanas.
Três homens foram presos, sendo dois por receptação e um por porte ilegal de arma de fogo. Todos foram encaminhados à Depac Centro. Os materiais apreendidos também foram levados às delegacias das respectivas regiões.
De acordo com a GCM, os responsáveis não mantinham livro de registro da entrada e saída de materiais, o que é obrigatório. O objetivo da ação foi conscientizar os empresários do setor de reciclagem sobre os riscos e penalidades de comprar materiais furtados.
“O pessoal está se conscientizando e parando de comprar fio desse pessoal que furta durante a noite. Isso é um fator positivo da operação”, afirmou o tenente-coronel PM Emerson Andrade, do 10º Batalhão da PMMS.
Ainda segundo ele, a ação pretende cortar o elo entre quem comete o furto e quem compra o material. “A gente quer criar conscientização junto aos empresários. Se eles não comprarem, esse mercado ilegal se desestrutura e o furto deixa de ser viável”, completou.
A legislação municipal proíbe, por exemplo, a aquisição de cobre sem capa. “Se for vender fio, tem que ser com a capa. Não pode queimar. O objetivo é reduzir esse comércio que alimenta pequenos furtos em nossa cidade”, reforçou o comandante.
“Essa operação foi um passo importante na repressão ao crime, mas também na prevenção. Queremos reforçar que esse tipo de comércio ilegal não terá espaço na cidade”, afirmou o comandante do Policiamento Metropolitano.
Segundo a PMMS, o furto de cabos e componentes metálicos compromete serviços essenciais como iluminação pública, telecomunicações, transporte urbano e segurança pública. Já a ala ambiental da GCM, os comerciantes que não se enquadrarem nas diretrizes exigidas e não pagarem as multas podem ficar até 10 anos fechados.