Os delegados de Polícia Civil Pablo Farias e a Nelly Martins classificaram de “estuprador em série” o pastor de 59 anos preso por violentar pelo menos cinco vítimas em Campo Grande. Ele cometia os crimes desde 2023 e tinha até anotações íntimas das vítimas, como o ciclo menstrual delas.
Em coletiva de imprensa, os delegados disseram que o pastor já atuou por mais de oito anos em Aquidauana e Terenos, o que pode aumentar o número de vítimas. Ainda de acordo com eles, as vítimas tinham idades entre 13 e 21 anos e o pastor seguia o mesmo padrão para escolhê-las.
“Elas tinham vulnerabilidade social e o pastor prometia ajuda para fazê-las largarem as drogas. É comum que o estuprador escolha um lugar e profissão que facilite cometer os crimes”, disse o delegado Pablo Farias.
Os estupros não ocorriam na igreja, segundo os delegados, mas durante orações de “limpeza espiritual”, quando o autor se aproveitava para passar as mãos no corpo das vítimas. Ao terminar os estupros, ele ameaçava as mulheres, caso contassem algo.
O pastor convencia as vítimas de que elas precisavam realizar as “limpezas espirituais” e com isso as forçava a morar com ele. As mulheres eram ameaçadas pelo homem que dizia que elas sofreriam de algum “mal espiritual”, caso não aceitassem fazer a “limpeza”.
O homem ainda era tido como boa pessoa na região, pois ajudava, alimentava, dava carona a pessoas, inclusive, quando foi preso na terça-feira (18) tinham diversas pessoas aguardando em frente à casa dele para tomar café da manhã.