Delegado diz que nome apontado como dono de cassino pode ser de “laranja”. Tem dúvidas?

O delegado de Polícia Civil Luiz Tomas de Paula Ribeiro, titular da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), informou que o nome do suspeito de ser o proprietário do cassino clandestino que funcionava na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, no centro de Campo Grande, foi apresentado pelo advogado João Pedro Franco Alves.

 

Segundo ele, o nome repassado para a Polícia Civil não tem histórico de nada e, por isso, não está sendo tratado como autor e sim como suspeito, pois pode ser um “laranja”. Ele detalhou que, no momento da apreensão das máquinas caça-níqueis, os documentos apresentados estão no nome dessa pessoa, que não tem ficha criminal.

 

Assim que o possível “laranja” for localizado será chamado para ser ouvido e prestar esclarecimento. João Pedro Franco Alves ele explicou que é advogado e que o escritório para o qual trabalha, especializado em defesa criminal, foi contratado para acompanhar a ação policial na tarde de quinta-feira (16).

 

Embora tenha sido registrado em boletim de ocorrência que as funcionárias do estabelecimento estavam há 20 dias trabalhando no local, que elas não conhecem o dono do cassino e que “todo contato é realizado pelo advogado João Pedro Franco Alves”. Ele negou que seja o responsável pela contratação das atendentes.

 

Após denúncia, o cassino clandestino que funcionava no prédio do antigo Shopping Pantanal, no Centro da Capital, foi fechado. No início da noite de quinta-feira (16), 20 máquinas caça-níqueis foram apreendidas e duas pessoas, funcionárias do estabelecimento, foram levadas para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

 

De acordo com o 1º Batalhão da Polícia Militar, após ser avisado da denúncia pelo Copom (Centro de Operações da PM), policiais militares deslocaram-se até o local. Eles identificaram as máquinas cuja finalidade era a jogatina e foi apresentado um alvará, mas que não era compatível com a atividade. Diante dos fatos, a PM acionou um delegado de Polícia Civil, que ficou a cargo de apurar quem são os responsáveis pela exploração dos jogos de azar.