O delegado de Polícia Federal Marcos Damato, responsável pelas investigações que resultaram na deflagração da Operação Ultima Ratio há um mês e teve o afastamento de cinco desembargadores por suspeita de venda de sentenças em Mato Grosso do Sul, revelou que o caso está parado no STF (Supremo Tribunal Federal).
A ação policial, que teve cumpridos mandados de busca e apreensão em 44 endereços ligados aos cinco magistrados, a vários advogados e a um conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), até agora não colheu os depoimentos de nenhum dos alvos.
Segundo Marcos Damato, até o momento os únicos atos concretos foram os afastamentos dos cinco desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), de um conselheiro do TCE-MS e de um juiz de Direito e a instalação de tornozeleiras eletrônicas nos sete por determinação do ministro Francisco Falcão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Indagado sobre o andamento das investigações e sobre um cronograma para que os envolvidos prestem depoimento, o delegado afirmou que ainda não realizou inquirições. “Estamos aguardando posicionamento do STF sobre o prosseguimento das investigações”, revelou.
Ele explicou que o caso subiu para o STF porque um ministro do STJ também é suspeito de ter participado do suposto esquema de venda de sentenças judiciais. “Até o momento, segue a mesma equipe. Aguardamos posicionamento do STF sobre o prosseguimento das investigações”, limitou-se a informar o delegado Damato.
Porém, enquanto as equipes da PF esperam uma definição sobre o rumo da investigação, os documentos, os celulares e os computadores apreendidos no dia 24 de outubro estão sendo periciados. Questionado sobre as descobertas feitas até agora em meio a esse material, o delegado apenas informou que não foram encontrados novos dados relevantes.