Daria pra evitar? Dia de frio intenso pode ter matado dois moradores de rua em MS

Pelo menos dois moradores de rua já morreram em Mato Grosso do Sul em decorrência do frio que assola o Estado desde o início desta semana. De acordo com a Defesa Civil, eles foram encontrados mortos por suspeita de hipotermia, sendo um em Campo Grande e outro em Ponta Porã.

Na Capital, o morador de rua encontrado morto foi identificado como Sidirlei Carvalho, 57 anos, sendo que o corpo dele estava em frente a uma madeireira, no Jardim Monumento.

De acordo com informações da Polícia Militar, equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas o homem já estava morto.

Ainda conforme a PM, ele não tinha sinais de violência ou ferimentos no corpo e a principal suspeita é de hipotermia. O caso será investigado como morte a esclarecer pela Polícia Civil.

Em Ponta Porã, o morador de rua ainda não foi identificado, mais era conhecido como “Brian”, e o corpo foi encontrado na linha internacional, próximo a uma empresa ao lado da rodovia MS-164.

Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros também foram ao local e, em levantamento preliminar, a principal suspeita é de hipotermia, que ocorre quando a perda de calor do corpo excede sua produção, sendo mais comum durante clima frio ou imersão em água fria.

Conforme o meteorologista Natálio Abrão, Campo Grande registrou a mínima de 7,5°C na madrugada de ontem (14), mas a sensação térmica foi menor, enquanto em Ponta Porã os termômetros chegaram a registrar 4,9°C, com sensação térmica de – 2,8°C.

Devido à queda nas temperaturas, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) de Campo Grande intensificou o serviço especializado em abordagem social. De segunda-feira (12) até a manhã desta quarta-feira, foram realizadas 53 abordagens a pessoas em situação de rua, com entrega de cobertores e 230 acolhimentos.

Segundo a SAS, as abordagens ocorrem principalmente na região central, viadutos, praças e espaços públicos, locais onde as pessoas em situação de rua costumam se abrigar.

A abordagem é realizada com o oferecimento de acolhida em abrigos. As pessoas que aceitam a oferta de serviços são encaminhadas para os locais de acolhimento. Para aqueles que não aceitam os serviços, são oferecidos cobertores para aquecimento e proteção do frio.

Na Capital, os serviços da Rede de Assistência Social estão disponíveis nas duas Unidades de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (UAIFAs), além da Casa de Passagem Resgate, que acolhe os estrangeiros e migrantes, e a Casa de Apoio São Francisco.