Denúncia publicada ontem (20) pelo site MS em Brasília aponta que o candidato a prefeito de Campo Grande pelo PDT, deputado federal Dagoberto Nogueira, teria usado verba pública, no período de abril de 2015 a setembro de 2020, para pagar honorários advocatícios do escritório de advocacia da Capital que tem como sócio Flávio Pereira Rômulo.
Segundo o site, o “nobre” parlamentar depositou R$ 564 mil na conta desse escritório e o dinheiro saiu da cota para exercício do mandato, conforme notas fiscais do gabinete dele na Câmara dos Deputados, a maioria emitida em sequência. Nos últimos cinco anos, o pedetista gastou em torno de R$ 2,6 milhões de recursos da Câmara dos Deputados.
O pagamento é feito todo mês, religiosamente, sem falha. Não deixa de ser feito nem mesmo durante o recesso parlamentar que acontece em julho e janeiro. Também foi feito durante a pandemia, quando os deputados federais participaram de votações por videoconferência.
Dagoberto Nogueira, aliás, é o deputado federal que mais gasta verba pública entre os 11 parlamentares do Estado no Congresso Nacional. Entre janeiro de 2019 e setembro deste ano foram moídos R$ 774 mil, seguido pelos deputados federais Vander Loubet (PT), com R$ 748 mil, e Loester Trutis (PSL), com gastos de R$ 718 mil, e pelo senador Nelsinho Trad (PSD), com R$ 671 mil utilizados nesse período.
Pereira Rômulo aparece como advogado do PDT em várias ações em Mato Grosso do Sul, além de outros processos em que o deputado Dagoberto é réu. O trabalho prestado ao partido foi confirmado por funcionários do Diretório Regional da legenda em Campo Grande em setembro de 2019. Na época, o MS em Brasília divulgou, com exclusividade, detalhes sobre os pagamentos de Dagoberto ao escritório.
O escritório Pereira & Góes Advogados começou a funcionar, legalmente, em 7 de abril de 2015. A primeira nota fiscal para o deputado foi emitida em 29 de maio de 2015, referente a serviços que teriam sido executados em abril, mês de emissão do CNPJ.
No corpo de algumas notas, segundo apurou o site MS em Brasília, em setembro do ano passado, há menção sobre um contrato que teria sido firmado entre Dagoberto Nogueira e o escritório Pereira & Góes Advogados para “elaboração de minutas sobre proposições legislativas e consultoria acerca de propostas que tramitam no Congresso Nacional”.
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